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LABIRINTOS DA ESSÊNCIA
LABIRINTOS DA ESSÊNCIA
Juliana S. Valis


Acorde e olhe para si mesmo,

Veja na vastidão do tempo

O seu coração que vaga, a esmo,

Sem saber em qual momento

A única certeza poderá levar

Sua alma, como um mar eterno,

Sem calma, como o próprio ar !



É claro que, muitas vezes, a dor

Não possui freios,

Mas não passe como trator

Pelos sentimentos alheios,

Não faça dos ventos da vida

Uma intempérie efêmera de suas vontades:

Sós, imediatas, egocêntricas,

Como se não houvesse tempestades

Do amor pelos labirintos da essência !



Por tudo isso, não se prenda à beleza que vai,

De modo humano e, mesmo, de repente,

Verá que o mundo insano decai

No próprio cárcere de sua mente.

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 21/05/2008
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