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DIMENSÃO DOS SONHOS



Não deixe que o mundo comercialize o sonho

De sermos livres na dimensão do amor,

E, assim, o véu do dia mais tristonho

Será um verso do mesmo céu em cor,

Como pássaro que voa do universo rumo à eternidade...



Ah, não permita que o tempo traga só saudade

Ao âmago do sentimento que se faz de chama,

Como vento intrépido que o pesadelo invade,
 
Na própria tempestade que o céu declama... 



Paradoxalmente, a vida nos quer coerentes 

À certeza intrépida da mortalidade em si,

E, assim, os sonhos na frações de gentes 

Tornam-se reflexos do amor que ri,

Ou do amor que chora em versos eloqüentes,

Como se pedisse à dor que fosse já daqui !



Por tudo isso, não façamos da cor inerente à vida

Um produto que se vende em mercados sós,

Como próprio luto, denso, que elucida

A própria humanidade que naufraga em nós.



Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 12/03/2008
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