BREVES HÓSPEDES DO TEMPO
Quem nos dera, amigos, sem grande alarde,
Que a alma se hospedasse no amor humano,
Além das sombras que caem pelos céus da tarde,
Além dos ponteiros de qualquer engano...
Quem nos dera se a mente um dia se hospedasse
Na sabedoria, que transcende hipóteses de mesmice,
Ultrapassando estigmas de qualquer impasse,
Quando o silêncio vence o que a ilusão nos disse!
Mas onde estará, no fundo, essa hospedaria
De alegria que reveste tantas esperanças?
Será reflexo de lembranças que a visão recria?
Será enigma entre adultos que, por dentro, são crianças?
Pois todos nós somos hóspedes nas estações do tempo,
No movimento célere das humanas danças,
Enquanto a alma alcança cada sentimento,
Quando brada a vida em tantas mil lembranças,
Na jornada espiritual que ultrapassa o mistério ao vento.
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