ENTRE AS FLORES DISTANTES
Um rio se vai entre as flores distantes,
Tapete de cores nos jardins do tempo,
Pelos sonhos e sombras de breves instantes,
Voando em leves síncopes dessa paz no vento...
Outro rio se vai entre as flores incertas,
Além das dores que passam pelos céus da vida,
Em tantos olhares de almas repletas
Pelos mares do tempo que o silêncio abriga!
Pois também somos essas flores distantes,
Transbordando em mil cores de sutilezas,
Em direções incertas, nos dias mais errantes?
Mas o que sentimos, enfim, no coração profundo,
Talvez se dilua nessas flores e nuvens sós, coesas,
Muito além de nós, voando, céleres, pelos céus do mundo.
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