UMA IRONIA DOS JULGAMENTOS?
Aquele que julga impiedosamente o outro de acordo com seus próprios critérios subjetivos costuma ser tão néscio e parcial quanto um peixe irônico, que julga um pássaro por não saber nadar nas profundezas do oceano e não ter salvo o filho passarinho que caiu no mar. A ironia dessa fábula infantil é que também o pássaro julga impiedosamente esse mesmo peixe, por não conseguir voar na plenitude dos céus e não ter conseguido salvar seu filho peixinho, capturado por uma águia que sobrevoou o oceano rumo às alturas. E os dois se condenaram à prisão perpétua pelas falhas atribuídas ao outro, em uma suposta omissão de socorro, sem saberem o contexto de cada qual. Mas, em vez de um ter culpabilizado o outro, não seria mais fácil que um ajudasse o outro em uma cooperação mútua em vez de competição cega?
Como é mais fácil julgar e criticar o outro por supostas falhas, todos julgam, mas quem faz algo para ajudar? E todos estão errados, certos ou parcialmente auto-iludidos como supostos centros de um lacônica "verdade"? Todos nós estamos equivocados e/ou certos na parcialidade de nossas percepções, condenando os outros, ou nós mesmos, sem sabermos como viver nossas próprias existências em cooperação?
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