REFLETINDO E DIALOGANDO
Muitas vezes, algum mistério lhe encara nesses fins de ano,
Levando-lhe a refletir sobre infinitas possibilidades,
Quando só sentir a paz do vento, cedo ou tarde,
Traz algum alívio, rindo além das tempestades!
Outras vezes, o vazio lhe encontra no silêncio pelas rotas da vida,
E dialogando com ele, no profundo da alma, o que será esse vazio em si?
A falta de si mesmo, de afeto no mundo, de amor, sentido ou saída?
Talvez tudo isso, mas, no coração descoberto, crie seu próprio caminho aqui...
Pois as chuvas da vida passam céleres entre os anos que passam
E, quando as intempéries lhe transpassam e renovam seus sentidos,
Não adianta fugir de si ou da falta de si mesmo,
Não adianta fingir ou forçar aos outros o que eles não querem saber,
Não adianta sucumbir ou provar algo a alguém que não lhe vê,
Porque só você sente a prova do seu coração nesse esmo...
E por que provar tanto a quem não quer ou não pode compreender?
A maior prova que você precisa é de um amor à prova de balas,
Seu amor - próprio, sem mendigar aos outros migalhas de um suposto viver,
Refletindo em espelhos que distorcem as efêmeras faces entre o mundo e você!
Então, além de miragens, dialogue com seu silêncio,
Cheio ou vazio, o que ele quer lhe comunicar?
Só você sabe a medida de suas dores, dúvidas, dádivas e risos,
Só você sente em quais rotas seu labirinto interno lhe perderá
E lhe encontrará mil vezes em sonhos imprecisos,
Momentos indecisos, anos incertos ou sombras do mar,
Aonde quer que você vá, em dilemas ou risos,
Mergulhando o olhar muito além de aparentes "verdades",
Além de vontades ou de migalhas indolentes que alguém possa lhe dar
Ou lhe tirar, distorcer ou culpar, sem oferecer nada mais,
Então, pensando em paz, seja você e voe, por que muito esperar?
Pois só você estará consigo mesmo até o fim de cada momento que traz
Desafio, leveza, fé, incerteza, em cada alegre ou triste "porquê",
Só você sentirá seu próprio mundo interno ecoando no silêncio loquaz,
Quando, lá fora, no fundo, talvez ninguém quer saber...
Os outros também estão sobrevivendo ao mundo, em seus próprios anseios,
Acelerando ou pisando nos freios de algum raso ou profundo viver!
E, assim, por vezes, o vazio lhe encontrará no silêncio pelas rotas dos dias,
E dialogando com ele, em cada emoção, o que ele quer lhe dizer?
Só você tem a chave de seu coração, além das noites frias,
Além dos anos que vão, só você sentirá o seu maior porquê,
Desafiando-lhe a viver o verso de outras vias,
No clamor disperso que o tempo oferecer,
Além do que se for, nas horas mais tardias,
No misterioso amor que traz e, continuamente, recria algum profundo ser.
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