QUEM SABERÁ?

 Existem muitos quebra-cabeças e peças entre o que somos, de fato, e como somos percebidos por nós mesmos e pelos outros. Vivemos em uma sociedade que supervaloriza o "ter", o "fazer" e o "parecer", sem considerar o ser humano em muitos contextos. Ironicamente ou não, essa mesma sociedade que cobra alto desempenho constante não costuma ver nem valorizar o que as pessoas fazem de bom, porém as falhas, reais ou imaginárias, tendem a ser distorcidas ou aumentadas até pelos indivíduos que cometem erros muito maiores.

  O desafio é discernir a linha tênue entre o que parece ser bom e o que não é, entre várias sutilezas e detalhes que ficam ocultos muitas vezes. Todos nós temos vieses inconscientes, qualidades e defeitos, com vários lados de uma mesma característica. Quem saberá ponderar com algum discernimento seus próprios dilemas, erros e acertos, prós e contras, em meio a tantos problemas que se somam no labirinto das interpretações humanas?

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