O INFINITO "E SE...?"
Esse curioso "e se" é infinito,
No paradoxo imaginário humano,
É um pórtico sem rumo de hipóteses
Lançadas entre passado e futuro,
No escuro brilho de algo incerto...
E se pudéssemos voltar no tempo?
E se algo tivesse sido ou não sido?
E se voássemos no próprio vento,
E se cantássemos o não havido ?
Talvez a imaginação, em seu compasso lento,
Acelerasse, no luar aberto, algum amor rendido...
E se, de perto, a vida revelasse
De uma vez só, todo o seu mistério,
Talvez não houvesse desafio, impasse,
Aprendizado, cômico ou sério,
Talvez a alma nunca nos cantasse,
Não haveria graça ou critério
Nesse império de a(penas) ser!
Então, esse "e se" é algo que nos mobiliza em nós,
É algo que pode nos perder ou salvar,
É algo que nos impele a construir sentido
Nessa vida que é arte muito além do mar,
No aparte veloz do tempo refletido,
É algo sempre infinito e breve no olhar,
É o imaginário cantado no silêncio havido,
No labirinto etéreo da alma, feito estrada que há
Nessas dinâmicas pistas rumo a nós mesmos.
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