ÀS MARGENS
Por Juliana S. Valis
Fluem correntezas às margens
Dos sonhos simples, à margem,
Humanamente à margem de tudo,
Como simples mensagem
Aos que nada tiveram...
Lanço essas letras aos sentidos às margens,
Da insensatez do mundo (à margem),
Injustamente à margem de nada,
Como singela homenagem
Ao silêncio que, na alma, brada...
E, assim, na estrada, penso nas margens
Das pessoas desenhadas à margem,
Entre estrelas e tantas viagens
Daqueles que nunca ganharam
Nada, além de bagagens,
À margem dos risos, às margens,
Roupagens dos rios sem trajes,
Fracassos rendem mil homenagens
Aos delírios de amor, feito lajes,
Entre rios de paz nessas margens.
Fonte das imagens - Pinterest: https://br.pinterest.com/pin/557320522633198831/
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