COMPONDO O SILÊNCIO
Por Juliana S. Valis
Poucos sabem compor no silêncio
Alguns roucos rompantes de paz,
Nos instantes pelos quadros da mente,
Entre notas que a memória perfaz,
Entre rotas que se vão, de repente,
Deixando algo que ficou para trás,
Talvez música que se faz reluzente,
Talvez delírio do que seja jamais,
Jamais supor na superfície da gente
Que a dor tatua uma flor fugaz
Na pele que se for, ausente,
Na suposição que só o amor nos traz,
Entre a alma e os dias que se vão na frente
Do coração tocando teclas surreais
No mar que o tempo desenhou na gente,
Entre ondas sós pedindo sempre mais
Vida, música e paz no olhar que sente
O amor em notas transcendentais.
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