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SIMPLESMENTE
Juliana Valis




Rendo-me simplesmente ao infinito das canções,

Meu verso é grito desse inverso em coração,

Assim, disperso, entre invernos e verões,

Em sós amores como ondas que se vão...




E nós que somos labirintos entre dias,

Como profusões de enigmas sempre tão humanos,

Vemos canções resplandecendo em doses frias

Nas dimensões do amor que verte em tantos planos...




E nessa síncope de sonhos tão sem calma,

Brada, no âmago do ser, um só pedido

Do amor mais lídimo que transborde numa alma,

Além da dor, além do caos, em céu rendido...




Ah, trêmulos versos que fluem pela vida,

Mostrem o cerne de um sonho além do mundo,

Nos universos que o sol nos elucida,

Irradiando a chama do amor, assim, profundo...




E quando pudermos, enfim, apenas ser

Como músicas declamadas pela paz,

Veremos na alma a própria luz do alvorecer,

Simplesmente incólume, como o amor que nos perfaz.



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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 06/11/2007
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