PROFUSÃO DE AMORES
Quando o verso cai
Na profusão de amores
Sós, como vulcão de cores,
Um coração dispara além das dores,
Rumo aos estrépitos da própria alma...
Mais um verso cai,
Profusamente em calma,
Suplicando amor aos desvarios,
Na dor que se perde, assim, em rios
Tão frios, rumo ao oceano do infinito em chama.
Amor, tempestade etérea de versos,
Assim conexos no ardor que invade
O labirinto do sonho entre os universos,
Como lápides de afeto, na potestade
De quem somos nos dias já dispersos,
Diluídos entre emoções, vidas e saudade.
Amor, brisa infinita que transcende os tempos,
Na cor que grita, na paixão que invade,
Quando um verso cai, voando aos quatro ventos,
De sentimentos como tempestade.
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