ÀS MARGENS
ÀS MARGENS
por Juliana S. Valis
Lanço pequenas letras às margens
Das pessoas simples, à margem,
Humanamente à margem de tudo,
Como simples mensagem
Aos que nada tiveram...
Lanço essas letras aos sonhos às margens
Da insensatez do mundo (à margem),
Injustamente à margem de nada,
Como singela homenagem
Ao silêncio que, na alma, brada...
E, assim, na estrada, penso nas margens
Das alegrias desenhadas à margem,
Entre estrelas e tantas viagens
Daqueles que nunca ganharam
Nada, além de bagagens,
À margem dos risos às margens,
Roupagens dos rios sem trajes,
Fracassos rendem mil homenagens
Aos delírios de luz, feito lajes,
Entre rios de paz, sempre, às margens,
Neste mundo egoísta onde só importa "ganhar",
Ainda que num mar sombras de humanas miragens.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 16/06/2020