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NOITE FACEIRA



Vem a noite faceira como a vida

Assim, inteira e tão efêmera, incerta,

Que o coração se perde no céu que elucida

O só tormento da emoção inconcreta...



E o sentimento que se perde a vagar

Pelos labirintos infinitos da alma

Apenas ouve a pulsação desse mar

Chamado tempo que só passa sem calma...



Eis, portanto, o próprio túnel do sonho

Entre sentimentos na imprecisão humana

Desse coração no verso só, tristonho,

Como brisa célere que o dia clama !



Tão disperso, pois, é o enigma

Do universo interno, na vertigem plana,

Que todo sol se perde no que o céu consigna,

Além do próprio véu da insensatez mundana.



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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 02/10/2007
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