TEMPO INEXPLICÁVEL
Juliana Valis
Pouco sei sobre o tempo que acalma
A cada sentimento louco, a vida passa,
Na estrada do amor que transbordar na alma,
Assim, na palma do mistério em graça...
E lá, no ápice do que seja humano,
Verte em cada plano a dimensão do sonho,
Além da insensatez, do mundo tão insano,
O coração transcende o verso mais tristonho...
Eis, portanto, o enigma que nos prende ao relento
Do pensamento e do pranto, diluindo a canção
Na partitura que a alma tocar no momento
Que o sentido vier, além dos dias que vão...
E quem souber, de fato, superar a dor
De sermos tão vulneráveis quanto sós, pequenos,
Será apenas livre no que houver de amor
E no que houver de paz em atos tão serenos.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 27/09/2007