NÃO TEMAS...
Não temas a discrepância das horas,
Como versos perdidos ao sabor do relento,
Eis que o amor, sem demoras,
Ecoa só, mas tão lento
Que o coração desfalece em cada sonho de vida...
Não temas a estrada entre tudo e nada,
Como música que brada o dispersar da lida,
Eis que o mar transforma o tempo numa encruzilhada,
No sentimento humano que já te elucida
O sentido possível do que seja a luz...
Olha, portanto, para a paz que acalma,
Vendo, além do pranto, o sonho que já te conduz
Ao profundo cerne de tua própria alma,
Muito além do mundo, em cada verso e cruz !
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 24/09/2007
Alterado em 24/09/2007