A PAZ NOS PEDE
Inquieta, exulta a própria chama humana,
Além dos véus de tanta violência,
Nos céus, o tempo mesmo nos declama
A paz que impele a uma sublime essência...
E quando o verso nos redime em vida,
No mais disperso limiar do tempo,
O que há de paz em cada breve lida
Perfaz o sonho que acompanha o vento...
No sentimento, portanto, tão humano,
O pranto insano já entristece o mundo,
E numa simples prece, em cada breve plano,
A paz nos pede o sonho mais profundo,
Que consiste a(penas) em saber amar.
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