AINDA GOSTAMOS DE CAVALHEIROS
Por antiquado que pareça, ainda gostamos de cavalheiros,
Nós, mulheres, com afeto e toda a sinceridade,
Que os cavalos fiquem lá, nos seus celeiros,
E que os homens amem, sempre, de verdade...
Sem pieguices, o sublime amor espera
Profundidade, além da dor nos ventos,
No próprio sonho, numa flor sincera
Que transpareça a cor de tantos sentimentos...
E nesses sonhos lentos, sempre tão humanos,
O coração suplica a própria tempestade
De amores lídimos, em versos planos,
Assim, dispersos na paixão que invade
Pensamentos sós, leves ou insanos,
Nesse ardor em nós, em toda a humanidade...
Sim, meu bem, o sentido que tu mesmo deres
Aos sonhos incautos que transbordarem em ti
Torna-se luz tão sublime, entre homens, mulheres,
No céu que conduz ao amor, bem aqui,
Ápice em versos que tu mesmo fizeres,
Chama de paz que te faça sorrir !
E nós, mulheres, apreciamos, com sinceridade,
O amor autêntico, afável, essencial,
Homens, aprendam a amar de verdade,
Vejam além da matéria, o sentimento real,
Vinícius de Morais, perdoe-me essa ingenuidade,
Mas a beleza só passa; o amor, sim, é fundamental.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 08/09/2007
Alterado em 08/09/2007