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INTRÉPIDOS LABIRINTOS DO AMOR
Juliana Valis




Misturo-me aos sonhos rendidos na esperança,

Como ilusões incautas declamadas pela alma,

Nas mais altas ilusões da fé que dança

Nos corações, no amor que vem e nos acalma...




E, no ápice do infinito, meu afeto

Mistura tempo e nostalgia numa prece

Que o sentimento apenas canta, bem discreto,

Como aurora de um suplício que arrefece...




Agora, aqui, na alma, exulta uma canção

De luz rendida ao próprio enigma da vida,

Entre os amores, nas próprias ondas que se vão

No mar das dores que o coração nos elucida...




Ah, Se soubéssemos decompor as incertezas

Em tempestades do amor que vêm, sem calma,

Talvez pudéssemos viver nas correntezas

Do próprio bem que transbordasse, aqui, na alma !




Mas nosso laço tão efêmero com a vida

Mostra-nos, por vezes, tanto caos e tanta dor

Que desejamos ver a lágrima rendida

Aos labirintos mais intrépidos de amor !


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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 31/08/2007
Alterado em 31/08/2007
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