RESQUÍCIO DE ALEGRIA
Permita-se flutuar pelo silêncio das horas,
Pelos ares esparsos de um sonho qualquer,
Pelos mares profundos de uma fé sem medida
Entre olhares ou sombras que o vento trouxer...
Permita-se algum sentido muito além dos sentidos,
Algum resquício de paz nesse mundo aparente
Que tanto exige sem ser, no fundo, contente,
Em falsos risos de cruciais perigos...
Enfim, permita-se um sopro de alegria leve,
Ainda que, nos piores dias, pela paz implores,
Ainda que a vida seja curta, incerta a breve,
É lá na alma que precisamos ser bem melhores...
Permita-se algo que transcenda os clichês
De aparências mil que voam, sim, no susto;
E não se perca no labirinto do "ter", em vez
De ir além do vazio desse mundo injusto.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 12/02/2018
Alterado em 12/02/2018