ÀS MARGENS
ÀS MARGENS
Lanço pequenas letras às margens
Das pessoas simples, à margem,
Humanamente à margem de tudo,
Como simples mensagem
Aos que nada tiveram...
Lanço essas letras aos seres às margens
Da insensatez do mundo (à margem),
Injustamente à margem de nada,
Como singela homenagem
Ao silêncio que, na alma, brada...
E, assim, na estrada, penso nas margens
Dos sonhos desenhados à margem,
Entre estrelas e tantas viagens
Daqueles que nunca ganharam
Nada, além de bagagens,
À margem dos risos às margens,
Roupagens dos rios sem trajes,
Fracassos rendem mil homenagens
Aos delírios de luz, feito lajes,
Entre rios de paz, sempre, às margens.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 09/11/2017
Alterado em 09/11/2017