INCÓGNITAS
Incessantemente, a vida surpreende além de tudo,
Nenhum rótulo é capaz de prendê-la
Ou decifrá-la em seus mistérios,
Pois sempre haverá uma incógnita,
Um rabisco de luz perfurando o silêncio,
Uma teia sem fim de possíveis letras
No dinamismo indene dos dias,
Buscando ideias ou emoções onde
Nenhuma lógica entra ou sai infalível,
E nenhuma exatidão se esconde
Sem, antes, perguntar ao tempo
O que ele quer, então, dizer,
Entre a escuridão e o amanhecer da vida,
Na fluência indelével de todos os sonhos.
-----
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 15/07/2017