CONTEMPLAR...
Juliana Valis
Contemplar folhas da poesia em cada verso
É ver no mar da alma a própria tempestade
Do amor sublime, em todos nós, disperso
Como sós estrelas de uma potestade...
Vislumbrar no infinito a própria consciência
Tão limitada e, ao mesmo tempo, incerta,
É ver que o coração nos brada numa só cadência,
Na sinfonia em vida que já nos desperta...
Ah, seremos ternos filhos da incerteza ?
Se, no íntimo, o coração declama sonhos,
Como levar a vida em plena correnteza ?
Metafisicamente, tudo é nada, sem calma,
E essa simples mente de versos sós, tristonhos,
Além dos universos, pede amor ao limiar da alma !
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 04/08/2007
Alterado em 04/08/2007