VERTIGENS DO INFINITO
Juliana Valis
Pousaste na vida como um pássaro-coração,
E, na saída dos sonhos, só pudeste voar aquém
Das verdades mal contadas nas telas da ilusão,
Como sentimentos que falam,rindo,entre o mal e o bem...
Diluíste letras entre as vertigens do infinito,
Escalando as nuvens do amor como quem flutua só,
E, na dor que invade cada véu de um grito,
Vi, no céu aflito, a tempestade em dó
Maior, na escala das consternações...
Ah, pobres corações com vulcões de versos,
Assim, dispersos no furacão da alma,
Velejando além de tantos universos,
Perdidos na galáxia de uma fé que acalma,
No fim, na palma do amor muito além de nós...
Ah, síncopes de sonhos como próprios ventos !
Pássaros lídimos, como amores sós,
Enaltecendo os átimos dos devaneios lentos,
Como fé, sem freios, que deságua em voz,
E faz do coração um mar de sentimentos,
Na profusão de "amar", na vida tão veloz,
Dimensão que a alma não nos torna isentos,
Diluindo versos no que somos nós.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 26/06/2007