LABIRINTO HUMANO
Juliana Valis
Queres chegar a algum lugar
Possivelmente melhor neste mundo insano
E achas que serás tão capaz
De simplesmente matar a dor que te enclausura
E mentes a cada espelho quando te olhas
E vês que já não és tão humano
A fuga que queres perpetrar não foi
Nem será vã, nem profícua, nem segura...
Inteligentemente, adocicas com afã
O sabor da amargura crucial e vil
Soubeste, por acaso, o caminho do passado
Que te aguardava sempre no futuro
Vias que, de repente, o trecho lento
Era uma palavra vã que há séculos sucumbiu
Apesar de te esqueceres das flores risonhas
E reluzentes do amor escuro....
De repente o percurso já não tinha nome
Ou estrela nem sombra de vida,
Não te lembravas porém da via
Que levava ao monte da ilusão mundana
Quiseste então ofuscar a imagem
De tua recôndita alma já tão perdida,
Rasgando, assim, a intrepidez selvagem
No labirinto perplexo da humana vida.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 30/04/2007
Alterado em 30/04/2007