CASTELOS DE AMOR
JulianaValis
Castelos de amor, presos aos maiores sentidos,
Flutuando, indefesos, sobre as névoas de nós,
Monumentos da alma nos versos rendidos
À chama, sem calma, dos delirios tão sós !
Castelos de amor nos estrépitos de luz,
No afã da verdade que conduz o futuro,
Além do medo que invade, que afugenta e seduz
O presente mais límpido ao passado obscuro...
Quantos castelos, portanto, caberão
No âmago da alma intrépida, no pranto loquaz,
No delírio mais lídimo de um só coração,
Além da vertigem que o pesadelo perfaz ?
Ah, nunca saberemos, de fato, o que a vida
Trouxer no recôndit0 caminho que faz
Desses castelos de amor, uma emoção incontida,
Singelos delírios como ventos de paz !
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 30/04/2007