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ÍNTIMA IMPOSIÇÃO 
Juliana Valis



Quando seus olhos se cruzam com os meus 

De repente, apenas sou 

Esta profusão de tantos “eus” 

Perdidamente complexos 

Em busca de um horizonte lídimo 

Do amor mais puro... 




Ah, quando seus olhos se cruzam com os meus 

Não sei se o mundo pára , 

Ou se o tempo voa ,

Ou se o vento entoa

 As canções mais belas 

Dos anjos de outrora 

Que pulam janelas 

Com as asas da hora , 

Para publicar nas nuvens 

Uma declaração de amor 

Com a cor dos sonhos 

E  a dor da espera.... 



Por favor, meu amor, 

Não me culpe 

Por estes cantos, 

Por estes versos 

No amor dispersos 

Como uma bolha 

De sutis prantos,
 
Pois ser poeta não é escolha 

Entre mil encantos 

De um amor que acalma... 




Ser poeta é perder-se em tantos 

Labirintos de uma imposição da alma 

Imposição indelevelmente densa 

E tão intensa que não se esvai 

Enquanto houver um coração que ame 

E que não se canse de, simplesmente, amar.





Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 13/04/2007
Alterado em 14/04/2007
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