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CHUVAS TRANSCENDENTAIS
Juliana Silva Valis 




Sonhei com tempestades líricas

De versos trêmulos,

Como átimos de luz sem dor

Que caíssem das nuvens da alma,

Suplicando calma aos corações incautos...




Sonhei com tempestades líricas

De amores sóbrios em sobressaltos,

Em meio aos átomos de nós, assim,

Caindo como gotas de chuvas transcendentais,

Chuvas que choram, suplicando paz,

Chuvas de lágrimas sempre, sempre nossas...




Ah, quem nos dera se chovesse amor

Se chovesse luz pra nos guiar na vida,

Além do mar que abriga toda nossa dor,

Além do céu refletindo essa cor perdida,

Cor do véu na lida que já nos restou...





Quem nos dera, assim, se chovesse paz,

Como gotas de alívio que não fossem lágrimas,

Além da luz no êxtase que o céu perfaz,

Além da cruz perdida nesse véu de dor,

Quem dera se no mundo houvesse fé demais,

Quem nos dera, no fundo, se chovesse amor.







Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 10/04/2007
Alterado em 10/04/2007
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