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TRANSBORDE AMOR
Juliana Valis



Transborde amor

Entre as estrelas,

No átimo da cor

Por vê-las, 

Com  luz, sem dor

Com poesia,

Transcenda a solidão do dia,

Na estação de nossa própria alma.




Transborde amor

Onde haja calma,

No ápice do que restou

No véu, em nossa palma,

No céu que desabou...



Transborde amor no infinito,

Na dor que vela o tempo,

Além do vento mais aflito, 

Além da chama em sentimento

De quem ama nesse grito,

Ou  terremoto mais sedento 

Da paixão que nos invadir...



Transborde amor já bem aqui,

Onde a alma possa estar,

Onde o verso que rimar

Seja como um colibri,

Voando além do que restar,

Quando a lua se esvair

Na crua face do que somos...



Pois como saberemos ser, de fato,

Esfinges do acaso nessa mesma chama,

Se o amor não transbordar, sensato,

Na alma trôpega que nos declama ?



Pois transborde amor

Entre as estrelas,

No átimo da cor

Por vê-las,

Com luz, sem dor

Com poesia,

Transcenda, o coração diria,

O próprio céu de nossa dor,

Olhando além do véu que já havia,

Ao limiar da cor, de todo dia, 

Transborde a via intensamente amor.

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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 10/03/2007
Alterado em 10/03/2007
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