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VÍCIO DE AMAR
Juliana Valis




Um vício de amar 

Impregnou-se no mar 

Como apologia 

Ao sonho disperso no dia,

E ao verso que nos rimar...




Um vício de amar

Impregnou-se na alma,

Como furacão  de lá,

Coração, sem verso nem calma,

No inverso que a palma

Da mão nos mostrar... 



Amor, nada mesmo é ileso,

E meu verso é tão preso

Aos seus mistérios de luz,

Que seu olhar assim me conduz

Ao fim de tudo que não posso ser !



Amor, tu irás mesmo me ver,

Nessa aurora, a esmo, de toda fé

E, agora, que a sorte, de fato. não quer 

Levar à morte essa face de mim,

Assim, serei alma, mar ou mulher ?

Céus, que estranho vício de amar, no fim !



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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 04/03/2007
Alterado em 04/03/2007
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