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INDAGANDO-ME
Juliana Valis




Coração,

Labirinto de versos

Que vêm e vão,

Em mares tão dispersos

De olhares  na estação

Que a alma desenhou em nós...



Coração,

Como ouvir tua voz ?

Como escutar 

Nas músicas dos dias sós

Uma razão que o mar

Deu-nos pra existir ?



Não sei,  que sei de mim ?

Tenho procurado fazer o certo

Nessa estrada e, mesmo assim,

Continuo sendo nada, de perto

Ou de longe, do começo ao fim...



E tudo parece rir,

Enquanto choro,

Tudo se esvai daqui

E, assim, imploro 

Que o coração possa me partir

Em mil cacos de inexistência,



Além da vida e das diretrizes,

Aquém da lida que me restou,

Céus, até os vermes são  felizes,

E eu, definitivamente, o que sou ?





















Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 03/03/2007
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