DESCOMPASSO ETÉREO
Juliana Valis
No descompasso etéreo das horas,
Um sonho flutua até perder-se
Em meio às cores, sem demoras,
De mais um dia, como esse...
Bem poderia, assim, o tempo
Transcender a dor que em nós havia,
Trazendo amor em todo vento,
Além da noite, além do dia...
Mas só nos restam letra e verso
Entre inversos de quem já fomos,
No coração lento e mais disperso
E quem poderá, enfm, curar
A inconstância de quem não somos,
Levando amor a qualquer lugar ?
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 03/03/2007