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SUNLIGHT
Juliana Valis



Bem podia a luz do sol

Refletir em nossa alma a vastidão de tudo

E talvez não nos sentíssemos

Assim, desfalecidos, neste grito mudo

À espera da canção sublime...




Bem podia a luz do sol

Transfigurar o vácuo que a dor redime

Em fótons de uma vida em si,

Como se houvesse sempre alegria aqui

Além do trânsito das emoções vorazes...




E talvez, assim, a luz do sol

Velejasse além dos sonhos mordazes

E muito além das aparências efêmeras,

Imiscuídas nas sensações que trazes

Intrínsecas e, indelevelmente, em ti...




Quem dera, amor, que a luz do sol

Pudesse nos transformar em cor

Única, transcendendo a dor da espera

E transfigurando esta vã quimera

De sermos apenas pássaros, e nada mais... 




E a luz do sol que tanto irradia versos

Também deveria irradiar a paz,

Em cada aurora dos meus inversos

Em cada angústia que esta vida traz

Aos pulmões humanos, sem deixá-los sós,

Até que o sonho tênue e tão voraz

Possa um dia, apenas, desaguar em nós. 


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Do livro "Códigos Reflexivos":

www.corifeu.com.br/search_lancamentos.asp




Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 01/03/2007
Alterado em 01/03/2007
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