ANTES DAS CRÍTICAS
ANTES DAS CRÍTICAS
A facilidade com que julgamos os outros é diretamente proporcional aos erros que cometemos nessas análises precipitadas. E este não é um texto de mero protesto, nem auto - ajuda, nem de sermão, mas de incentivo ao pensamento. Aqui não se pretende dizer "julgar crimes ou delitos", pois já existe um sistema jurídico para tanto, cujas falhas ensejam reflexões mais específicas. O intuito deste texto é simplesmente alertar para os equívocos que visualizamos nos atos de criticar, prejulgar, maldizer, ou "rotular" alguém.
Cada um sabe das dificuldades de sua própria vida. Cada indivíduo passa por experiências únicas e trajetórias que levam a milhões de caminhos, entre as vias do tempo. Assim, não culpe a tristeza, a irresignação, a angústia, ou qualquer sentimento de alguém, você possivelmente nem imagina (ou não quer saber) o motivo. Não julgue alguém como "o chato", "o inoportuno", "o melancólico", "o peixe fora d'água", "o anormal", ou seja lá o que for. De que servem todos esses rótulos ? Rótulos são feitos para objetos e não para pessoas. Por isso, não critique alguém por não ser como você quer ou, ainda, por simplesmente não se adequar aos padrões, aos modismos das aparências e das coisas descartáveis que regem esse mundo material.
Pois é bem possível que ninguém sinta exatamente o mesmo fato da mesma maneira ou veja "a realidade" da mesma forma. Existem inúmeros modos de viver, de agir e de pensar e, possivelmente, nenhum deles esteja totalmente certo ou errado. Cada pessoa é, por si só, um universo, misterioso, indelével e múltiplo, como é o labirinto dos sentidos e pensamentos que passam pelo enigma da vida. Enfim, há muito mais mistério entre a mente e a alma do que poderiam supor, constantemente, todas as filosofias de nossa limitada racionalidade.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 15/10/2012
Alterado em 17/10/2012