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JE PENSE, DONC JE NE DORS PAS
Je pense, donc je ne dors pas


Penso, logo não durmo,

Com todo respeito a René Descartes,

"Cogito, ergo sum" não me levou a lugar algum,

E eu continuo não dormindo, pensando em contas a pagar...


Mas, de qualquer modo, respeito bastante os cartesianos,

Respeito a Tecnologia Lógica, entre o céu e o mar,

Respeito os mistérios universais e planos,

Je pense, donc je ne dors pas...


Ah, mente teimosa esta que pensa

Poder desvendar razões infinitas

E poder decifrar equações esquisitas

Dessa vida que passa, por, apenas, passar...


E lá nos mistérios que o universo desenha,

Entre as fomes do corpo e as necessidades da alma,

Quantos sonhos e nomes vagam, existencialmente, sem calma,

Pedindo aos céus e fogos intergalácticos um pouquinho mais de lenha ?


Sim, talvez convenha que a insônia vague sem rumo

E que, entre as verdades e estrelas, o sol seja o rei,

Enquanto isso, só penso; penso, logo, não durmo,

E, nos meus sonhos socráticos, só sei que nada sei !


Mas, enfim, amigos: "cogito, ergo sum" ?

Talvez não seja tão simples neste século XXI,

Talvez algum aspecto anímico transcenda nossas razões,

Pesquisando no Google o sentido de tudo, em vãs ou vastas versões.


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Bom, amigos, risos, nunca fiz rodapé de poema, mas vamos lá:


****Observação ao prezado Sr. Lucas Oliveira Rosário, que postou um dos comentários a este texto:

Em primeiro lugar, NÃO LI a frase de sua amiga, com todo respeito,  e não sei do que se trata, nem tenho hábito de copiar qualquer coisa. Em segundo lugar, esse texto que escrevi não é uma frase, é um poema, com particularidades próprias.

E tal poema que escrevi, pelo uso da minha livre manifestação do pensamento (art. 5º, inciso IV, da Constituição Federal), é apenas uma reflexão bem humorada sobre esta máxima do filósofo francês Descartes: Cogito, ergo sum. Penso, logo existo. Fiz alguns trocadilhos (não exatamente os mesmos), que tantos escritores fazem em seus trabalhos.

É óbvio que esse tema é bastante conhecido e muitas pessoas escrevem sobre ele, das mais diversas formas, colocando suas próprias interpretações.  No mais,  não creio que haja qualquer razão para discussões desnecessárias, pois este certamente não é o objetivo do site Recanto das Letras, sendo certo que todos nós podemos nos expressar sobre os mais diversos assuntos, não havendo "patente" para temas literários e, muito menos, filosóficos. Bom, tentei explicar de uma forma clara e bem - humorada, desculpe qualquer mal entendido, muito obrigada.

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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 04/09/2012
Alterado em 04/09/2012
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