ERGA-ME
Juliana Valis
Erga-me ao sonho
De amar, apenas,
Além do verso mais tristonho
E do medo disperso nas mecenas
Agruras da humanidade...
Erga-me além das ruas
E me faça crer no verbo "amar",
Como profusão de tantas luas
Que desabarão, assim, sem mar
E verão o fim em doses mais que cruas...
Erga-me, sim, agora
Nas asas que o sonho tem
Erga-me além da hora
De amar, entre mal e bem,
Pois o mar que sempre chora
Traz ondas de paixão que vêm...
Erga minha alma aos ventos
E me faça crer no amor, somente,
Nos labirintos de seus sentimentos
Como êxtases da inconseqüente
Luz, além dos mesmos tempos,
Erga-me até que eu possa, finalmente,
Amar, tão-somente, amar.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 19/02/2007