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ÁPICE DE AMOR
Juliana Valis




No ápice do descompasso,

Meu coração sempre mais se rende 

Ao teu olhar loquaz, que apenas traço,

Além do mar mecenas que, no passo, prende

O sonho de sempre possuir-lhe a alma...



Meu amor, não sou realmente nada,

Além de tudo que se rende neste universo,

Sou apenas verso a chorar na estrada,

Como átimo de engima sempre mais disperso

Na dor que consigna a luz mais desencatada...




E mesmo assim te amo, além de toda chama,

Amo-te, antes mesmo de conhecer tua face,

No amor que nos abrace na paixão que clama,

No coração que, apenas, renda nesse impasse

Sonho, apenas sonho, e nada, nada mais...




Meu amor, tu és minha estrada,

Nesta vida, apenas , que vai e vém

Tu és a síntese que o tempo brada,

Tu és a síncope do beijo além

Dos lábios , na dor mais apaixonada...




Amor, nem sequer conheço

O avesso de toda essa nostalgia

Mas te quero, além de todo preço,

Além de todo lero que possui o dia,

Nessa alegria que nem sequer mereço...




Amor, simplesmente amor,

Além de um tempo sonoro, vão,

Além da chama que nos restou

No êxtase que clama esse coração,

Amor, tão estúpida e feia sou,

Entre  eternas ondas que vêm e vão,

E como sondas meu coração, amor !




No ápice do descompasso,

Meu coração sempre mais se rende

Ao teu olhar loquaz, que apenas traço,

Além do mar mecenas que, no passo, prende

O sonho de sempre possuir-lhe a alma... 




E, acredite, nada, nada mais me acalma

Que seu olhar, transbordando amor,

Além de todo mar que cabe neste palma,

Tu és meu coração transfigurado em flor.




















































Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 18/02/2007
Alterado em 18/02/2007
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