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NÃO SEI
Juliana Valis



Não sei  por que a dor

Assim me invade 

E me faz  refém do amor

Na cor da tempestade

Feita só de lágrimas e versos




Não sei por que toda essa dor 

Prende-me em sonhos tão dispersos

Nos remotos inversos de uma flor

Que transcenderia os universos

Se esse dia apenas me rimasse




Não sei, não sei nada além do fim

E aquém de mim, o mesmo impasse

Condenando-me a ser só, assim,

Mortal que escreve enquanto nasce 

O labirinto transcendental dos sentimentos




Não sei, ou sei mal,  mas esses ventos

Esses momentos sós de caos e versos

Velejando em naus de pensamentos

Ainda me levarão da vida ou de universos,

Perdidos neste pobre coração de quem sou, nada.



Não sei, ou sei bem,  mas essa estrada

Da vida que tem tantas tristezas e versos sós,

Um dia acorda perdida no pranto que nos brada

Enquanto a noite canta no silêncio atroz. 




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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 10/02/2007
Alterado em 10/02/2007
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