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INÉPCIA



Sou, de todas, a maior decepção

Que sempre tive,

Entre os versos dos dias que já vão

Nos inversos de todo vão declive

Sou nada, tenho apenas coração




E, assim, suplico ao sonho que nos brada

Que me transforme em ave de estação

Queria ser pássaro pra voar além da estrada

E ver no céu a cor da rendenção




Céus, sou bem menos que nada,

Quem serei eu além dessa dor que clama ?

Não vejo sequer o fim de toda estrada

Verei a fé apenas no amor, na chama ?




Não, não queria existir nessa jornada

E ver como os ventos vão além do mar,

Da nada vale chorar, mas eu sou nada

E nada é o verso do amor que nos restar. 
 







Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 06/02/2007
Alterado em 06/02/2007
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