NOME, SUBLIME NOME
Juliana Valis
Tens o nome
Da estrela que adormece
Nesta prece insone
Que detém meu coração,
Tens o nome
E o fastio desta prece,
Como esfinge das cores quando vão
Desaguar, incólumes, no cerne desta alma
Tens o nome mais lídimo, em ti,
Que tanto me inebria e já me acalma
Como lua que canta e nos sorri
Em beijos na crua cor de toda palma
Palma etérea nas asas da paixão
Em teu nome transborda meu amor
E minha dor se perde em solidão
Como esfinge entre átimos do que sou
Que me atinge nos labirintos do que são
Esses corações bombásticos, transcendentais,
Inebriando tanto verso quanto paz
Na loucura onde jaz este engima de amores
Tens o nome no ápice das cores
E tenho fome de teus versos, teus olhares,
Quero naufragar no vácuo dessas flores
Quero mergulhar nos êxtases em pares
Até que minha vida possa ter, enfim, sentido...
Tens o nome mais belo e tão querido
Que este verso singelo, então, emana
Tens a chave do sentimento mais vivido
Tens minha alma na paixão de toda chama
E se, um dia, não quiseres soletrar
As sílabas de teu nome sempre insigne
Chamar-te-ei do nome que este mar
Do amor declame e, no fim, já nos consigne.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 04/02/2007