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CONFISSÕES NO INFINITO
Juliana Valis



Sou a pior poetisa que conheço

Não sei se mereço o rótulo de apenas ser

Quem me dera não existir neste tropeço

E negar meu vício de rimar sem conhecer

Ao menos, o diâmetro que transcende o infinito




E talvez grito pra tentar me convencer

De que a chama do amor me levará

E me fará apenas uma esfinge de você, 

Amor que atinge a luz, além do amar,

Como ar que se respira pra viver 




E tu podes me xingar do que quiseres

Mas não negarás que a letra transcende a correnteza

Diluída além da paz de homens e mulheres,

No bem que aniquila esta torpeza

De ter  sempre muito e ser sempre tão pouco...




Mas não te preocupes, meu grito é rouco

E sou a pior estúpida que conheço

Nem sei se mereço o rótulo de apenas ser

Quem me dera não existir neste tropeço

E negar meu vício de rimar sem conhecer

Ao menos, o diâmetro que transcende o infinito ...





















Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 03/02/2007
Alterado em 03/02/2007
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