ACALENTO
Juliana Valis
Não faça do amor
Uma verdade obscura
Diluída nos dias
Ou nas noites sem paz
Não faça do amor
Uma imagem intangível
Perdida no labirinto das vidas
E nas lidas de tantos versos
Sim, o amor não se explica
Não se calcula, nem se mede
A partir de moedas ou de estrelas
Ou de letras tão fugidias
Veja apenas na luz que transcende os dias
Os raios do amor enaltecendo a alma
Neste mar sem calma desenhado em nós
Como lídima apologia, em voz, ao sentimento
E, assim, saberá que sente amor
Quando a cor de todo sublime vento
Redime a alma no sonho que restou
Esculpido, enfim, no verso que acalento.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 01/02/2007
Alterado em 01/02/2007