SOMOS


Somos o que fazemos da vida

Ou o que a vida fez de nós ?

Ou tudo isso (ou nada disso)

Ou a mistura do infinito ?


Somos o que fazemos do tempo

Ou o que tempo faz em nós ?

Ou tudo isso ao quadrado do vento

Numa equação veloz ?  


Somos essas somas sinceras de tantos,

Tantos que fomos ou poderíamos ser,

Tantos que fomos contando os encantos

De tudo o que a vida traz ou pode trazer,

Adicionando hipóteses nessas somas que somos,

Quando apenas o tempo sabe "o porquê"...


São tantas ideias, amigos, tantas marcas,

Versões e hipóteses deixadas pela vida,

Sentidos que nos confundem na medida

Direta ou inversa da verdade...


Mas por que a mente especula tanto, eu não sei,

Não sei calcular verdades, apenas sinto,

Em pequenas ou grandes dimensões,

Pensamentos circulando no infinito,

Muitas perguntas e poucas conclusões,

Somos tão diferentes como soa o grito

Da vida em suas estações...



Ah - diriam alguns - pra que essa vã filosofia ?

Apenas viva e acorde à luz do dia,

Apenas tenha o prazer da alegria,

Apenas, apenas, a(penas)...


Pois, no fundo, talvez e - sempre - talvez

Sejamos apenas especulações do infinito,

Como a trajetória breve de um grito

Que conta à vida o que o tempo nos fez.


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