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                           BEBÊS E MONSTROS...


             É realmente difícil imaginar que os grandes criminosos da atualidade foram, um dia, bebês frágeis, dóceis, fofos e simpáticos como esse acima.


             O interessante, então, é perquirir o que nos faz bons ou maus, com o passar dos anos. O filósofo existencialista Jean Paul Sartre, nesse sentido, afirmava que a "existência precede a essência", ou seja, somos, de uma certa forma, "construídos" a partir de múltiplas vivências e perspectivas. 

              É claro que esse posicionamento não é unânime entre os pensadores. O filósofo inglês Thomas Hobbes, por exemplo, ressaltava que o homem era egoísta por natureza. Contrariamente,  Jean - Jacques Rousseau propugnava um certo "mito do bom selvagem", ou seja, o ser humano nasceria bom, mas a sociedade tenderia a corrompê-lo.             

              Diante desses pensamentos, várias posições podem ser tomadas, mas invariavelmente ensejarão dúvidas e críticas. O que faz do ser humano, em sua origem um ser frágil, tornar-se um monstro em proporções como a de Hitler e de outros genocidas ? Realmente, é intrigante analisar essa questão, que talvez nunca propicie respostas concretas ou definitivas.

           Talvez, de uma certa forma, a sociedade crie seus próprios monstros, ao edificar empecilhos ao desenvolvimento humano, ensejando exclusões, preconceitos e desavenças em série. Por isso, é também responsabilidade nossa a tarefa de não transformar crianças em monstros do amanhã. O que você pensa a respeito ? 
  
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 23/01/2007
Alterado em 23/01/2007
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