PELAS ASAS DE UM RISO
PELAS ASAS DE UM RISO
Só queria voar pela eternidade dos sonhos,
Na velocidade da luz ao quadrado do tempo,
Poderia voar na luz do seu pensamento,
Indo além das noites e dos dias tristonhos...
Só queria voar pelas asas de um riso,
Ultrapassando as casas de concreto, vazias,
E queria cantar quando fosse preciso,
Feito um pássaro eterno pelas sombras dos dias...
E diria à vida o que fosse melhor,
Diria ao infinito o que tivesse sentido,
Fazendo do riso o verdadeiro amigo
De todas as horas, mesmo estando só...
Sim, queria apenas, por um momento, ser
Este pássaro do sonho leve e impreciso,
Voando, breve, além de todo "se",
Feito a eternidade de um sensato aviso,
Nas asas de um sonho que ninguém prevê,
Além de tudo (ou nada) que não for conciso,
Além do sol que brada pelo amanhecer
De uma alegria etérea no mais simples riso...
E reflita a luz o que tiver na alma,
Reflita o tempo o que for profundo,
Uma hipótese que a liberdade acalma,
Uma sombra de paz, um riso agudo,
Uma linha fugaz que houver na palma
Da vida que voa pelo mundo.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 12/03/2012
Alterado em 21/03/2012