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CACHOEIRA DE VERSOS SÓS

Juliana Valis




Versos caem como gotas de nós

Nestes universos das emoções vorazes

Existem cachoeiras de versos sós

Dispersos, únicos, sem fazer as pazes




Versos, versos das sensações unívocas

Sempre mais imersos nas águas loucas

Que guiarão os barcos das emoções equívocas 

Enquanto houver tristezas, resmungando, roucas




Versos, versos dos devaneios vãos 

Entoarão, dispersos, os sons da vida

Enquanto houver passos marcando os chãos

Em cada vil pegada que o sonho abriga




E, assim, caem os versos sós

Como universos nestas águas ditas

Límpidas por todos nós

Nestas cachoeiras sempre mais benditas. 









 





Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 20/01/2007
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