NUNCA DÊ ROSAS EM VÃO
Você sabe que as rosas são átimos de amor
Disponíveis na imensidão da chama ?
Então apenas peço que, por favor,
Não me entregue rosas se não me ama
Se você não estiver falando com a verdade da alma
Guarde suas rosas no pensamento só,
Pois o deleite eterno que alivia e acalma
É o amor sublime, denso e bem maior
Que qualquer efêmero lapso da carne...
E, por favor, não faça tanto alarme
Quando eu disser que a emoção é senso
Do lídimo verso que nos desarme
Nesta sombra do que sempre penso
Enquanto calculo o perímetro do coração,
Portanto respeite o sublime amor imenso,
Transmutado no âmago de uma estação,
Enquanto no cerne da cor dispenso
O derradeiro réquiem que me diz não,
Quando pergunto se o amor é senso,
Quando indago o que as dores são,
Assim, meu bem, seja mais intenso
No momento de falar como amores vão,
Dê belas rosas se o amor for denso,
Pra demonstrar com êxito a cor de uma paixão,
Mas, por favor, ouça o que eu penso,
Não finja amar na efemeridade, então,
Ame sempre mais no sutil consenso,
E não ouse dar rosas, sempre mais, em vão.
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