O ser humano é tão frágil quanto

A aurora densa de sonhos vãos

Perdidos em cada breve pranto

Trocados por leves e sofridas mãos




O ser humano é tão frágil quanto

A tênue brisa que vai e vem

Neste diapasão do mais sutil encanto

Escrito no átimo do véu de alguém




Sim, a fragilidade está em nossas veias

Em todos frios passos rumo à incerteza

Está no próprio cerne do amor em teias

Está na tempestade vaga e mais ilesa




E não procure sombra coesa nestes frágeis passos

Não procure lógica onde só existe verso e vida

Não ouse desfazer, na lida, os mais ternos laços

Dispersos nos compassos que a eternidade abriga.


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