OVERDOSE DE VERSOS
Conheci um sonho viciado em versos
Como letras trêmulas que vagam sempre
Perdidas entre tempos e universos
Incrivelmente dispersos no ardor da alma
Sim, era um sonho viciado em versos
Tóxicos, líricos, alegres, tristes
Quaisquer poemas em amor dispersos
Quaisquer dilemas que na vida existem
E, assim, o sonho, sem tratamento
Adquiriu dependência de versos sãos
Versos de luz, de cruz, de alento
Versos profundos e nem sempre vãos
E, no fim, o sonho que nunca fora forte
Transformou-se em pesadelo, apenas,
Como réquiens de versos entre o sul e o norte
Como auroras perdidas entre vis dilemas.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 13/01/2007