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HABEAS CORPUS
A juíza vida mandou prender-me

Aos seus enigmas e às sutilezas

De um coração que bate sem compasso

No estardalhaço das incertezas


E eu, com medo, naquele mesmo ato,

Impetrei um habeas corpus transcendental

Para que eu pudesse ir e vir, de fato,

Perambulando entre o bem e o mal


Mas como a justiça , quase sempre, é lenta

Passei momentos no cárcere das emoções

E, desde então, meu coração ferventa

Nas notas graves das sutis canções...


Mas sei que um dia soltarão as algemas

Que me prendem, incauta, às emoções de outrora

E poderei voar como dança o vento, apenas,

Enigmaticamente, embevecendo a hora...


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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 13/01/2007
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